O setor de água e saneamento está passando por uma transformação impulsionada por inovações tecnológicas que visam aumentar a eficiência e a sustentabilidade dos serviços. Uma das principais preocupações é a redução das perdas de água, que no Brasil alcançam cerca de 40,3% durante a distribuição. Para enfrentar esse desafio, tecnologias como sensores acústicos, disponíveis desde os anos 1970, são utilizadas para monitorar os sons da água nos canos e identificar vazamentos subterrâneos. Mais recentemente, startups israelenses desenvolveram abordagens inovadoras, empregando sensores em satélites para detectar a presença de água potável próxima a canos com vazamentos. Além disso, o reúso de efluentes está ganhando destaque, com a União Europeia registrando uma taxa média de reúso de apenas 2,4%, enquanto países como Chipre e Malta alcançam 90% e 60%, respectivamente. No Brasil, pesquisas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) investigam o aproveitamento do lodo produzido no tratamento de esgotos para a revitalização de áreas degradadas e produção agrícola. Outra abordagem promissora é o tratamento descentralizado, onde startups de São Francisco afirmam ser possível reciclar até 95% da água de forma local, reduzindo a dependência de sistemas centralizados e promovendo a sustentabilidade hídrica. Essas inovações demonstram o potencial das novas tecnologias para aprimorar o setor de saneamento, contribuindo para a universalização dos serviços e a redução de perdas.
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