Mais de 7,2 milhões de crianças brasileiras de 0 a 6 anos vivem sem acesso à rede de esgoto, representando 35% da população na primeira infância. Além disso, 618 mil crianças não têm acesso à água canalizada. Os dados são da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, com base na PNAD Contínua do IBGE, e foram publicados em 17/02/2025.
A falta de saneamento básico expõe essas crianças a ambientes insalubres, aumentando o risco de doenças como verminoses, desidratação, hepatite A e infecções respiratórias. Mais do que a saúde física, o déficit de infraestrutura impacta também o desenvolvimento cognitivo e emocional, perpetuando ciclos de pobreza e desigualdade.
De acordo com o Instituto Trata Brasil, 4 em cada 10 crianças na primeira infância deixam de frequentar creches e pré-escolas devido a problemas de saúde relacionados à precariedade do saneamento. Além disso, aproximadamente 300 mil internações anuais de crianças brasileiras estão ligadas à falta de acesso à água tratada e esgoto adequado.
A desigualdade é marcante: 81% das crianças sem água canalizada são negras e 61% vivem no Nordeste. Em relação à falta de esgoto, 64% também são negras. Essas informações reforçam a urgência em acelerar o cumprimento das metas do Novo Marco Legal do Saneamento, que prevê universalizar o acesso até 2033.
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