O estudo “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil”, divulgado pela Agência IBGE Notícias, reforça o abismo estrutural que separa brancos de pretos e pardos no acesso a direitos básicos como emprego, educação, segurança, renda e saneamento.
Em 2021, pessoas pretas e pardas tinham taxas de pobreza quase duas vezes maiores do que a dos brancos: 34,5% entre pretos e 38,4% entre pardos, frente a 18,6% dos brancos. No mercado de trabalho, as desigualdades também são alarmantes: a taxa de desocupação foi de 16,5% para pretos, 16,2% para pardos, e apenas 11,3% para brancos.
Mesmo entre os que completaram o ensino superior, os brancos recebiam em média 50% a mais do que os pretos e 40% a mais do que os pardos. Apenas 14,6% dos cargos gerenciais eram ocupados por pretos e pardos, embora esses grupos representassem 53,8% da força de trabalho.
O saneamento e as condições de moradia também refletem essa desigualdade: 20,8% das pessoas pardas e 19,7% das pretas vivem em casas sem documentação da propriedade, o dobro da proporção registrada entre os brancos. Além disso, a falta de acesso a saneamento adequado, menor número de cômodos e patrimônio inferior afetam diretamente a qualidade de vida dessas populações.
Os dados mostram que a superação das desigualdades raciais no Brasil passa, necessariamente, pela garantia de direitos fundamentais como educação, trabalho digno e acesso universal ao saneamento básico.
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